Greve dos professores: mais da metade das escolas do DF funcionaram parcialmente no 1º dia
02/06/2025
(Foto: Reprodução) Paralisação ocorreu 255 das 713 unidades da rede pública, diz Secretaria de Educação. Justiça determinou suspensão imediata da greve, autorizou corte de ponto e fixou multa de R$ 1 milhão por dia. Mais da metade das escolas do DF funcionaram parcialmente no 1º dia da greve dos professores.
TV Globo/Reprodução
A greve dos professores da rede pública do Distrito Federal começou nesta segunda-feira (2) com adesão parcial, segundo a Secretaria de Educação. De acordo com a pasta, 255 das 713 escolas aderiram integralmente ao movimento.
O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), diz que a adesão foi considerada "forte". No entanto, não divulgou números.
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Conforme o governo, 59% das unidades funcionaram parcialmente, com uma média de 15% a 20% dos profissionais paralisados. Alguns pais disseram estar preocupados com a situação escolar dos filhos (veja vídeo abaixo).
Apesar da decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que determinou a suspensão imediata da greve, autorizou o corte de ponto dos grevistas e fixou uma multa diária de R$ 1 milhão , o Sindicato dos Professores manteve a paralisação.
A Justiça também indeferiu o recurso do sindicato para impedir o corte do ponto. Ao g1, diretor do Sinpro, Samuel Fernandes, disse que paralisação "só irá terminar por uma decisão em assembleia da categoria".
"O governo, que não investe na educação e não valoriza os professores, criminaliza a greve que é um direito constitucional", diz o diretor.
Secretaria pede reposição de aulas
Pais falam sobre a greve dos professores no Distrito Federal.
Em nota, a Secretaria de Educação do DF informou que a paralisação "afeta mais de 450 mil estudantes da rede pública e compromete o calendário letivo".
A pasta reforça que os professores terão que repor os dias parados, "o que poderá afetar o recesso de julho e a organização pessoal e profissional de toda a categoria".
Segundo o governo, a reorganização do calendário escolar poderá incluir ajustes no recesso e em outras datas, com o objetivo de garantir o cumprimento integral da carga horária mínima anual.
Reestruturação da carreira e aumento salarial
Entre as reivindicações dos professores está a reestruturação da carreira, com o objetivo de aumentar o salário base da categoria. Segundo o Sinpro-DF, a proposta é dobrar o vencimento-base.
“Nós estamos tentando a negociação com o governo desde o início do ano, tivemos algumas reuniões. Antes da assembleia, o governo simplesmente encerrou o processo de negociação, não há nenhuma negociação”, disse Cleber Soares, membro da Comissão de Negociação do Sinpro.
Os profissionais também pedem:
A possibilidade de professores contratados temporariamente, quando efetivados, utilizarem o tempo de serviço para enquadramento nos padrões (etapas a serem cumpridas para obter aumento salarial);
Ampliação do percentual de aumento a cada mudança do padrão;
Valorização da progressão horizontal (especialização, mestrado e doutorado) a partir da ampliação dos percentuais de aumento salarial.
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